Conheça como funciona a adaptação

Ao começar a frequentar a escola, a criança é desafiada a desenvolver novos vínculos afetivos e de segurança neste ambiente.

Por um lado, as novidades a mobilizam a explorar e conhecer este lugar, os objetos, os brinquedos e as pessoas que nele convivem. Por outro, ela pode experimentar receio pelo desconhecido, principalmente, devido à ausência de uma pessoa querida por perto.

Esse período de adaptação é muito importante e especial, sendo que para cada criança e família, este processo ocorre de um jeito diferente e imprevisível. A criança precisa enfrentar vários desafios, por isso, é muito importante que este período seja cuidadosamente planejado para promover a confiança e o conhecimento mútuos, favorecendo o estabelecimento de vínculos afetivos entre as crianças, os familiares e os professores.

É importante, nesta fase, que todos possam compreender e respeitar o momento da criança de conhecer o novo ambiente e estabelecer novas relações.

Torna-se necessário que o processo de adaptação se organize de forma gradual, com a presença dos pais e com a leitura, pelo professor, do tempo interno da criança. A participação da mãe ou do pai nos primeiros momentos, sendo planejada e orientada, minimiza a ansiedade e facilita a adaptação da criança. Para Rapoport (2005), “… a adaptação é um processo complexo e gradual, em que cada criança precisa de um período de tempo diferente para se adaptar.”

É difícil sabermos quanto tempo vai durar este período delicado em que todos estão se conhecendo. Aos poucos, a criança vai se acostumando com o novo ambiente, os novos horários e as diferentes relações de amizade e convivência. Outro momento de acolhida e não menos importante é a acolhida diária, e se move de acordo com o sentimento e as percepções das pessoas nele envolvidas. O que toca, o que encanta, o que prende a atenção da criança é a descoberta que fará o educador no contato com ela. Este contato é dinâmico, se dá através do olhar, do toque, do tom de voz, da brincadeira e da imaginação que aparece sempre vestida de faz de conta. Envolver-se diariamente com a acolhida é estar implicado nele, é contagiar-se com a emoção que a interação com a criança proporciona, pois a cada dia existem desafios para serem superados e o professor e a escola precisam estar aptos a recebê-los sempre com um sorriso contagiante, um afago e porque não, um colinho maternal de quem o recebe.